"(...) eu experimentei o gosto pelo namoro entre a língua e o pensamento, o gosto do poder divino da palavra." p.115
"A escrita não é um veículo para se chegar a uma essência, a uma verdade. A escrita é a viagem interminável. A escrita é a descoberta de outras dimensões, o desvendar de mistérios que estão para além das aparências." p.120
"A escrita é uma casa que eu visito, mas onde não quero morar." p.196
Mia Couto, E se Obama fosse Africano e Outras Interinvenções, Caminho, 2009.
3 comentários:
Gosto de Mia Couto, um poeta surpreendente que inventa imagens mesmo nas prosas mais prosaicas que escreve.
E gosto de reflexões sobre a escrita. Hoje depois de apreciar e muito, "o poder divino da palavra", "a descoberta de outras dimensões", dou-me ao luxo, não de discordar, mas interrogar:
Como não morar na casa da escrita?
Somos a escrita que criamos, somos a escrita que lemos.
Não vivemos de palavras, mas tornamo-nos palavras, palavras, palavras.
Quando nos cansarmos de sermos palavras, sentemo-nos numa pedra - como se fosse uma palavra, como se a amássemos - porque somos aquela pedra-palavra.
Abraços.
Este parece-me um livro mto interessante.
Obrigada pela dica.
Boas leituras!
Janaaaaaa!!! Não vi que tinha esse blog tb!!! Se eu te falar que aderi ao projeto "12 livros em 12 meses" e tô montando outro blog pra registrar o que li e minha opinião, vc acredita? É mais ou menos o que vc tem aqui! Amei saber! E amei tanto esse post que "roubei emprestado" e postei no meu blog... Num briga?!?! Resume tanto, é tão isso mesmo. Amiga, que a gente se "fale" o ano que vem inteiro! Arrase em 2010, num é isso? Beijo!!!
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