Outro caso escandoloso é o do quase endeusado Marx que, defendendo as classes trabalhadoras e atacando o capitalismo, não passou, na prática de uma pessoa que não pagava aos seus serviçais e era um tirano em casa.
Também o respeitado Henryk Ibsen, primeiro combatente pela emancipação feminina, engravidou uma empregada doméstica sem nunca mais querer de saber do filho ou mesmo vê-lo. Os exemplos são muitos e deixam-nos boquiabertos pela surpresa.
Os casos pesquisados pelo historiador britânico são multiplos e a conclusão é sempre a mesma: poucos foram os génios que, como cidadãos, foram realmente bons exemplos. A pregação nada tinha a ver com as suas práticas. O olhar penetrante de Paul Johnson e a sua escrita brilhante não poupam figuras muitos outros intelectuais, sempre que a sua prática contraria os princípios que defendem. A História, de facto, apenas reflecte uma parte da verdade.
Conclui o historiador: "...os intelectuais habitualmente esquecem-se que as pessoas têm mais importância do que os conceitos e devem vir em primeiro lugar. O pior de todos os despotismos é a desumana tirania das ideias".
Este livro é, sem dúvida, de um valor histórico fabuloso pois desmascara o verniz com que tantas personalidades "brilhantes" nos foram (e são ainda) habitualmente apresentados.
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