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domingo, 12 de abril de 2009

Li "A Cura de Schopenhauer" e ...

A minha admiração aumenta a cada livro que leio de Irvin D. Yalom. Provavelmente por reunir três das minhas paixões: literatura, filosofia e psicologia. ;)
O romance possui uma dinâmica interessante: alterna entre duas histórias distintas. A primeira é de um grupo de terapia, alma deste livro, e a segunda desenrola-se em torno da vida e obra de Arthur Schopenhauer.
"Viver é sofrer". Para Schopenhauer, filósofo do Séc. XIX, os relacionamentos e os desejos apenas conduzem à dor e ao tédio. A salvação para o sofrimento humano, causado pela existência, é renunciar ao mundo, tornando-se assim verdadeiramente livre.
Para Julius Hertzfeld, psiquiatra de renome e acérrimo defensor do conceito da terapia em grupo, a salvação só é atingida quando se constroem relacionamentos sólidos, baseados no amor e na compreensão das diferenças e limites de cada um.
A Cura de Schopenhauer é o relato comovente de personagens demasiadamente humanos, que no embate emocionante entre pacientes e terapeuta, desnudam suas mentes e seus corações, tornando-se mais reais do que a própria realidade.
Amor, sexo, separação, perda, vida, dor, morte, filosofias orientais, psicoterapias e terapias alternativas, dinheiro, poder, ou seja, todos os grandes temas de hoje e de sempre passam pelo perspicaz olhar de Yalom que, se não está escrevendo algumas das principais páginas da literatura universal, retrata como poucos a essência da alma do homem contemporâneo.

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